segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Alarde



Não há graça no dia
Ou quem faça o meu sorriso
Ou perceba em meu olhar
Esse brilho estranho.

Não há
Qualquer fato em meu peito
Na cidade
Ou no mundo.

Tudo
Lá no fundo
É mistério triste
Rotundo.

Hoje no dia não há graça
Ou quem me faça tarde
Perceber em mim esse vazio
Qque trago em mim por ser sozinho.

Por ser alarde.

Rio, março de 2000.
João Mario Fleury Corrêa.

Um comentário:

  1. "Por ser alarde" fecha muito bem esse poema de forma epifânica!
    Eu gosto disso...
    Abração.

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