quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A pele
A PELE
A pele em que me perco em sonho
Parca de contato
Até então a pele imaginária
É tua pele, à tarde, envolta em luz dourada...
A tua pele
Cujos poros emanam o meu amor transfigurado
E cujas curvas são portos distantes onde me abrigo
É meu refúgio e minha cruz.
A tua pele é nua e brilharia assim, mesmo sem luz.
A tua pele é nua e então me beija a boca com tua dor e tua recusa tênue
E quase choras quando toco teus seios, vendo-te além-olhos
E fundo em ti me entranho, corpo e alma misturados...
E, ante a calma vespertina, o ritmo alterado em teu peito a denuncia:
As falas mudas, os gemidos miúdos sussuram-se, entendem-se...
Acolhem-me no veio dessa paixão de horas antigas,
De tempo esquecido, de tardes idas, de nunca mais.
A tua pele dourada na tarde são minhas preces jamais ouvidas.
João Mario Fleury Corrêa
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Gosto muito desse poema, muito mesmo. Bjim
ResponderExcluirSu
PS: muito fofo o blog. Adorei o nome, hehe.