sábado, 24 de julho de 2010
Violeta
Neste papel desbotado
Um poema
Um engulho
Carrega em si a alma
Do dia dezenove de julho.
No céu
Nem nuvem
A tarde estática
Tudo simples calmaria.
Nem um beijo principia
Ou ruído estranho
Ou trepidar de folhas
Tremulando o dia...
Nem um ato
Ou simulado toque
Ou casual contato:
A tarde é moça tímida
Dama sutil do tempo.
Nem vento
Que alvoroce os cabelos
Derrube as roupas dos varais
Leve ao cais
A maresia triste da saudade.
Tudo é simples e ingênua tarde.
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Mas nem o ar ao meu redor se movimentou enquanto eu lia. Incrível a capacidade dos que escrevem bem, de envolver os que sabem ler a alma da poesia, né? Voce é tao fantástico na cozinha quanto na caneta...
ResponderExcluirEssa é recente? Gosto. Bjim
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