sexta-feira, 23 de abril de 2010
Aborto
Minha boca uma palavra estranha
Como verso antigo
De amor maldito: sonha.
A carne entranha o corpo adentro
Grita o nome seco: morte!
Forte ainda inspira o cheiro morno
O frio contato meu, comigo.
Meus ouvidos ouvem meus gemidos surdos
Meu nariz fareja um cheiro de alma
Além tripas: hirtas.
Minha boca uma palavra arranha
Acanha vir ao mundo
Qual um ser imundo, aborto.
Minha boca uma palavra engulo.
João Mario Fleury Corrêa.
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Olá João.
ResponderExcluirAbortar palavras, melhor que regurgitá-las sem sentido.
Parafraseando Manuel Bandeira: a literatura que poderia ter sido e que não foi.
Obrigada pela presença no Degustação Literária...te espero sempre por lá.
Bjs
Adorei o texto e o blog.
ResponderExcluirto seguindo.
um abraço e otimo final de semana.
http://coffeeblogandcigarettes.blogspot.com/
Bom pra caramba!
ResponderExcluirbjs :)